Inauguração da Aerogare do Pico - Outubro 2007
Como assumiu com verdadeira “ética republicana”, Carlos César não será recandidato à presidência do Governo dos Açores, tendo o Partido Socialista escolhido para candidato a esse cargo nas eleições regionais de outubro próximo, o Dr. Vasco Cordeiro. No entanto, tal não obsta a que, daqui a quatro anos, Carlos César possa ser novamente candidato…
É que os governos de Carlos César trouxeram muitas melhorias ao Pico e por isso foi sendo reeleito com maior ou menor expressão eleitoral, também nesta ilha. Como já afirmei, o marco fundamental da sua governação, em relação ao Pico, foi o assumir sem reticências o aumento da pista do aeroporto do Pico, a construção das infraestruturas conexas e a carreira aérea Lisboa – Pico – Lisboa, além da criação do transporte marítimo de pessoas e viaturas, na época alta, entre oito ilhas dos Açores. Foram duas inovações que já quase passam esquecidas porque, segundo apontam os eternos descontentes, falta abrir à iniciativa privada a exploração marítima dos ferrys, ao invés da mesma ser assegurada por uma empresa de capitais públicos – a Atlanticoline - ou então a critica, algo maldosa, por ainda não se ter conseguido mais uma ligação aérea, direta e semanal, Lisboa – Pico – Lisboa…
Pois é, quando nada havia, nem sequer se sonhava que pudesse vir a existir algo, esses estavam conformados. Agora que existe o tal algo, esses reivindicam mais.
Ora ainda bem que eles e todos nós ambicionamos a mais, pois é sinal de que o que foi feito veio abrir caminho a novas exigências de progresso, ou seja, à exigência de um progresso continuado.
A par de algumas deliberações e iniciativas, anunciadas ou concretizadas, na última visita do governo: obras no Clube Náutico, no Museu dos Baleeiros e nova Escola Secundária nas Lajes, ou a nova creche e ATL da Misericórdia e o estudo/projeto apresentado do novo Terminal (dois molhes acostáveis e gare marítima) de passageiros e ainda a “requalificação de bermas, em vários troços urbanos das Estradas Regionais Transversal e na freguesia de Santo António, ambas no concelho de S. Roque do Pico; afora essas e outras mais, quase nem se deu pela informação prestada por Vasco Cordeiro no Conselho de Ilha – não fora a noticia no JP, edição de 5 de Abril – quando anunciou que “nas novas obrigações de serviço público de transporte aéreo para os Açores, o Governo Regional vai apresentar ao Governo da República uma segunda ligação direta entre os aeroportos de Lisboa e Pico, para que esta ilha passe a ter dois voos semanais de e para a capital portuguesa.” (fim de citação JP – Jornal do Pico)
O que se deseja agora?
Uma coisa tão simples: Que esses críticos, os tais que tem influência no governo da república, deputados ou membros dos partidos que formam a coligação do governo da nação, façam lobbie construtivo por esta boa causa e assim estarão defendendo os interesses dos Picoenses.
Será que – nós os Picoenses - vamos ter sorte?
É que, com quase todos a ignorar esta informação que Vasco Cordeiro deixou no Conselho de Ilha, começamos a desconfiar da sua aceitação pelos dirigentes de cá, que apoiam o governo da nação…
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